As mais novas medicações injetáveis vêm como alternativa de tratamento num momento em que busca por um “remédio para emagrecer” é um objetivo da indústria e de muitas pessoas. Seriam essas medicações e outros medicamentos a solução definitiva para a epidemia de obesidade e sobrepeso?
A Obesidade deve ser considerada uma doença?
Primeiramente vamos rever a definição de doença, que pode ser considerada como sendo um conjunto de sinais e sintomas que podem afetar o bem-estar do indivíduo, seja num nível físico, mental ou mesmo social.
A obesidade e o sobrepeso aumentam o risco de comorbidades, que são condições associadas, incluindo diabetes, hipertensão, problemas do colesterol e triglicérides, cardiopatias, problemas articulares, pulmonares e renais, além dos problemas psicossociais. Além disso, por si só, a obesidade também aumenta a chance de mortalidade.
Então, pela soma desses fatores, devemos entender a obesidade, sim, como uma doença. Para a partir daí entendermos que o indivíduo com obesidade deve ter acesso a tratamento, se assim desejar. E por tratamento não devemos entender somente o uso de “remédios para emagrecer”.
Existe um estudo que mostra que o indivíduo com obesidade tenta perder peso por 6 anos em média sem sucesso antes de procurar um médico e isso é preocupante. A obesidade é uma doença estigmatizada, nós sabemos e precisamos contribuir para a mudança.
Médico para tratar Obesidade e Sobrepeso
O médico especialista no tratamento de Obesidade é o Endocrinologista.
Dr. Manuel Menezes é médico Endocrinologista em Ouro Preto – MG. Ele atualmente realiza consultas médicas presenciais na Clínica Sim.
- Graduação em Medicina pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais);
- Especialista em Clínica Médica pela FHEMIG (Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais);
- Especialista em Endocrinologia e Metabologia pelo Hospital da Previdência (IPSEMG).
Existe obesidade saudável?
Antigamente se falava em obesidade metabolicamente saudável, que se referia àquele indivíduo que está obeso mas que ao se avaliar os exames laboratoriais, pressão arterial, etc. não é detectada alteração.
Hoje isso já ficou para trás. Sabemos hoje, que a obesidade por si só já agrega ao indivíduo maior morbidade e mortalidade, conforme já mencionado, e os problemas associados apenas não se tornaram evidentes ainda.
O acúmulo de gordura abdominal está diretamente relacionado à gordura visceral, que é aquela depositada nos órgãos, e que se associa com as complicações que vêm com a obesidade.
Como a obesidade é diagnosticada?
Isso é um pouco mais difícil na prática do que parece. De forma geral, usamos o IMC (índice de massa corporal), que é uma relação entre o peso e a altura do indivíduo. Esse método, porém, é um método bastante limitado, pois uma pessoa com muita massa muscular também pode ter um IMC elevado, esse método não faz essa distinção.
Um outro recurso que podemos usar no consultório é a medida da circunferência abdominal, que como foi mencionado está associada à gordura visceral. Também existem outros métodos que podem ser utilizados, como avaliação de dobras cutâneas e bioimpedância.
A avaliação inicial do endocrinologista é fundamental, pois embora sejam responsáveis por uma pequena parcela dos casos de obesidade, algumas doenças do metabolismo podem estar presentes.
Uma das doenças endocrinológicas que pode cursar com ganho de peso é o hipotireoidismo. Leia também: Sintomas de hipotireoidismo: saiba quando procurar o médico
Como é o tratamento da obesidade?
Primeiramente, alguns tratamentos servem para quase todos os indivíduos com obesidade ou mesmo com sobrepeso. E aqui é importante ressaltar a importância de uma equipe multidisciplinar. Além de um endocrinologista é preciso incluir o nutricionista, o profissional de educação física, o psicólogo e até outros profissionais de acordo com a necessidade de cada um.
Dieta
A dieta é um dos pilares do tratamento da obesidade. Mas qual dieta é a melhor ou mais indicada? Com menos gorduras, com menos carboidratos, maior período de jejum? A resposta é que não há uma dieta que seja comprovadamente a melhor.
O que as dietas que funcionam têm em comum é a restrição calórica. E uma dieta com restrição calórica pode ser uma dieta saudável ou não.
O ideal é que seja uma dieta que possa ser mantida a longo prazo ou pela vida toda, sem privações excessivas que possam levar a uma supercompensação quando se interrompe a dieta. Para isso contamos com o apoio do nutricionista.
Atividade Física
A atividade física é outro pilar importante do tratamento da obesidade. Qual atividade física? Aquela que você se sentir bem realizando, para que consiga mantê-la a longo prazo.
O tempo mínimo para sair do sedentarismo e contar com benefício cardiovascular é de 150 minutos por semana, evitando passar mais que dois dias seguidos sem se exercitar. Para buscar emagrecimento esse tempo deve ser aumentado dentro das possibilidades e objetivos de cada um.
A atividade aeróbica tem um papel importantíssimo pois contribui com a queima de calorias e a atividade resistida, que é aquela com pesos, também é necessária para preservação e ganho de massa muscular, que por si só já induz o corpo a maior queima de calorias, mesmo quando em repouso.
Para a prática saudável e segura é necessário o apoio do profissional de educação física e liberação do seu médico.
Outros
O psicólogo pode auxiliar em muitos casos, com a terapia cognitiva comportamental ou outros métodos, vai depender de cada um. Isso porque muitas vezes a obesidade está relacionada a fatores comportamentais e a impulsos, que muitas vezes o indivíduo nem se dá conta que fazem parte do seu dia a dia.
Profissionais de diferentes áreas podem ser demandados conforme a necessidade.
Como é o tratamento medicamentoso da obesidade?
Em casos mais graves de obesidade ou em que houve falha em perder peso, o uso de algum “remédio para emagrecer” pode ser indicado.
No Brasil, nós dispomos de algumas poucas classes de medicamentos para o tratamento da obesidade e ainda existe o desafio de possibilitar que esses recursos estejam disponíveis para todos, uma vez que muitas dessas medicações têm custo elevado, o que as torna pouco disponíveis.
Existem medicações que atuam a nível do intestino, impedindo a absorção de grande parte da gordura dos alimentos ingeridos, sendo eliminada nas fezes; outras que atuam a nível do sistema nervoso central, inibindo os mecanismos de fome e estimulando os mecanismos de saciedade ou mesmo agindo sobre o controle da ansiedade e do impulso.
Por fim, temos os medicamentos mais modernos, incluindo os famosos medicamentos injetáveis, que têm efeito tanto no sistema nervoso central, induzindo saciedade, quanto no trato gastrointestinal, retardando o esvaziamento gástrico.
Os medicamentos têm ações diferentes e atendem a perfis diferentes, um medicamento que pode funcionar bem para uma pessoa, pode não ser indicado para outra.
É importante considerar também os efeitos colaterais e as contraindicações de cada medicamento. Por isso, jamais se deve iniciar o uso de uma dessas medicações sem antes consultar seu Endocrinologista.
O que são os “remédios para emagrecer” injetáveis?
Os “remédios para emagrecer” injetáveis são substâncias de uma mesma classe, inicialmente desenvolvidas para o tratamento de diabetes e que mostraram uma grande capacidade de reduzir peso corporal em indivíduos obesos.
Posteriormente, essa classe de substâncias foi estudada em indivíduos não diabéticos e esse benefício se manteve.
Esses medicamentos têm efeitos semelhantes aos de hormônios naturais do ser humano que induzem saciedade e retardam o esvaziamento gástrico, porém elaborados com uma duração de ação muito maior.
O medicamento mais moderno disponível dessa classe foi desenvolvido na forma de uso injetável subcutâneo, semelhante ao uso da insulina, com frequência de aplicação semanal, e hoje já existem formulações orais, mas que ainda são indicadas somente para o tratamento de diabetes e que ainda não demonstraram a mesma capacidade de induzir perda de peso.
Médico para tratar Obesidade e Sobrepeso
O médico especialista no tratamento de Obesidade é o Endocrinologista.
Dr. Manuel Menezes é médico Endocrinologista em Ouro Preto – MG. Ele atualmente realiza consultas médicas presenciais na Clínica Sim.
- Graduação em Medicina pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais);
- Especialista em Clínica Médica pela FHEMIG (Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais);
- Especialista em Endocrinologia e Metabologia pelo Hospital da Previdência (IPSEMG).
Qual a média de peso perdido com as medicações injetáveis e em quanto tempo isso ocorre?
A perda de peso com a opção mais moderna chegou a 14,3% de peso corporal em indivíduos obesos após 52 semanas de tratamento, o que equivale a um ano. É importante ressaltar que trata-se de uma média, há quem perca mais peso e até quem não consiga perder peso dessa forma, há também quem perde peso mais rapidamente e mais lentamente.
Qualquer um pode usar? Quais os efeitos colaterais desse “remédio para emagrecer”?
Não. Essas medicações não atendem a todas as pessoas que desejam emagrecer. Elas foram estudadas em pessoas apresentando quadro de obesidade, então em outros casos não há essa indicação. Por motivo estético, por exemplo.
Existem diferentes tipos de “remédio para emagrecer”, que atendem a diferentes perfis de pessoas, de acordo com o contexto em que existe essa obesidade.
Como toda medicação, existem contraindicações específicas ao seu uso relacionadas ao histórico pessoal e familiar de doenças e a interação com outras medicações.
Então jamais se deve cogitar o uso de qualquer “remédio para emagrecer” sem estar em acompanhamento com o seu Endocrinologista.
Os efeitos colaterais estão principalmente relacionados ao trato gastrointestinal e incluem náuseas e vômitos, dor abdominal, constipação e diarreia.
Existem técnicas de uso e velocidade de progressão da dose para reduzir esses efeitos.
É fundamental o acompanhamento regular para que se identifique a ocorrência desses efeitos colaterais e possa ser realizada uma intervenção ou até mesmo definir pela suspensão da medicação.
Após parar de tomar a medicação o peso é recuperado?
Os estudos mostram consistentemente que há reganho de peso após interrupção do tratamento da obesidade, independente de qual “remédio para emagrecer” é utilizado.
Vale lembrar aqui que a obesidade é uma doença crônica e assim como diabetes ou hipertensão, ela vai precisar de seguimento pela vida toda de maneira geral. Pode ser que ao longo do acompanhamento seja possível a suspensão ou mesmo a troca da medicação, mas deve ser um processo gradual e em constante reavaliação.
É importante frisar que as outras formas de tratamento, inclusive não medicamentosas, precisam ter sido implementadas e fortalecidas para que se espere um resultado persistente após a interrupção da medicação.
Quais as orientações para quem deseja realizar tratamento da obesidade?
- Antes de tudo procure seu Endocrinologista. Não faça uso de qualquer “remédio para emagrecer” sem acompanhamento do especialista. O tratamento tem custos, efeitos colaterais, e contraindicações que precisam ser levados em conta. Não se arrisque;
- Não confie em tudo o que ouve. Existem muitas soluções “mágicas” ou “naturais” que podem parecer inofensivas mas que podem trazer danos graves à saúde. Existem fórmulas compostas de venda livre, que às vezes você nem sabe o que está sendo colocado dentro do seu organismo;
- O que funcionou para o seu conhecido pode não funcionar para você. A obesidade pode ter várias causas, inclusive algumas doenças do metabolismo que precisam ser excluídas, principalmente quando não se observa uma causa óbvia para a obesidade;
- Lembre-se que o tratamento da obesidade é um tratamento a longo prazo. Então esteja motivado e prepare-se financeiramente;
- Não espere resultados instantâneos, eles muitas vezes vão estar associados a perda de água corporal e podem ser perdidos de maneira rápida também;
- As medidas de tratamento não-medicamentosas valem para todas as pessoas, dentro das limitações individuais de cada um, com poucos efeitos adversos.
LEIA TAMBÉM:
- Sintomas de hipotireoidismo: saiba quando procurar o médico
- Endocrinologista: O que faz?
- Quais os sintomas de diabetes e qual exame devo fazer?
REFERÊNCIAS:
Consultei com ele na concel gostei muito e vou retornar em fevereiro 2024 pra refazer exames só gostaria que ele atendesse no meu plano de saúde ams
Obrigado pela confiança, Heloísa!
ELE ATENDE PELA UNIMED INCONFIDENTES?
Olá Vaneusa! A nossa colaboradora pode te passar todas as informações de consulta e tirar suas dúvidas pelo telefone e whatsapp 31997984491.
Tenho tronbofilia preciso emagrecer
Olá Terezinha! Existem várias estratégias para perder emagrecer. O primeiro passo é procurar o seu Endocrinologista para entender qual pode funcionar melhor para você!